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Qual é a taxa de sobrevivência das empresas no Brasil?


Alexandre Ferrer - 17 de março de 2019 - 0 comentário

Entre 2010 e 2014, a taxa de sobrevivência das empresas com até 2 anos passou de 54% para 77%. Em boa parte, essa melhora se deve à ampliação do número de Microempreendedores Individuais (MEI). Quando os MEI são excluídos da análise, a taxa de sobrevivência cresce apenas 4 pontos percentuais, passando de 54% para 58%.

O MEI causa um impacto positivo no cálculo da taxa de sobrevivência de empresas porque, além da taxa desse segmento ser mais alta, a sua participação no total de empreendimentos passou de 0% para 63% do total de empresas criadas, entre 2008 e 2012.

Sobrevivência das Empresas no Brasil. Sebrae, 2016.

Quais são as causas da mortalidade de empresas no Brasil?

Não é possível atribuir a um único fator a causa da mortalidade, mas sim, a uma combinação de fatores em quatro grandes áreas: a situação do empresário antes da abertura, o planejamento dos negócios, a capacitação em gestão empresarial e a gestão do negócio em si.

A probabilidade de fechamento é maior entre os empresários que estavam desempregados antes de abrir o negócio, que tinham pouca experiência no ramo, que abriram o negócio por necessidade (ou exigência de cliente/fornecedor), tiveram menos tempo para planejar, não conseguiram negociar com fornecedores, não conseguiram empréstimos em bancos, não aperfeiçoavam produtos ou serviços, não investiam na capacitação da mão-de-obra, não buscaram inovar, não faziam o acompanhamento rigoroso de receitas e despesas, não diferenciavam seus produtos e não investiam na sua própria capacitação em gestão empresarial.

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Sobrevivência das Empresas no Brasil. Sebrae, 2016.

Qual é a principal dificuldade enfrentada no primeiro ano de atividade de empresa?

A pesquisa realizada pelo Sebrae em 2016, com empresas criadas em 2011 e 2012, mostra que as principais dificuldades enfrentadas no primeiro ano de atividade foram: falta de clientes (16%), falta de capital (16%), falta de conhecimento (12%), mão de obra (10%), imposto/ tributos (10%), inadimplência (6%), concorrência (4%) e burocracia (4%).

Sobrevivência das Empresas no Brasil. Sebrae, 2016.

O que teria sido útil para evitar o fechamento das empresas, na opinião dos empresários?

A pesquisa realizada pelo Sebrae, em 2016, com empresas que encerraram suas atividades, mostra que, na opinião dessas empresas, teria sido útil para evitar o fechamento do negócio: menos impostos e encargos (52%), mais clientes (28%), crédito mais facilitado (21%) e um melhor planejamento do negócio (18%).

Sobrevivência das Empresas no Brasil. Sebrae, 2016.

Qual é o impacto do Simples Nacional na taxa de sobrevivência das empresas?

De acordo com o último estudo do Sebrae sobre sobrevivência de empresas, a taxa de sobrevivência das empresas optantes do Simples Nacional é o dobro da taxa das empresas não optantes.

Sobrevivência das Empresas no Brasil. Sebrae, 2016.

Qual é o impacto da crise econômica dos últimos anos (2014/2016) na taxa de sobrevivência das empresas?

A taxa de sobrevivência das empresas com até 2 anos chegou a 77% em 2014 (empresas criadas em 2012). Para as empresas criadas nos anos seguintes, estima-se uma tendência de queda da taxa de sobrevivência, devido à crise econômica que se agravou nos anos 2015 e 2016.

Sobrevivência das Empresas no Brasil. Sebrae, 2016.

Relatórios completos

Sobrevivência das Empresas no Brasil. Sebrae, 2016.

Fonte: https://datasebrae.com.br/sobrevivencia-das-empresas/#causas

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